A Bíblia Sagrada: Mateus 21

09/05/2020 11:51

E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; Mateus 21:12

 

Assim como a maior parte dos brasileiros, minha espiritualidade é fruto da confluência de diferentes matrizes religiosas. Catolicismo, Espiritismo, Crenças Folclóricas, Evangelismo Batista, Neopentecostal, Adventista, Meditação Budista etc. E, longe de serem antagônicas, todas essas experiências me conduzem à figura de Cristo, o homem histórico que nos revelou Deus encarnado.

 

A dificuldade em compreender Jesus é o que mais gera confusão religiosa no mundo. A sua existência e a sua divindade, a despeito de não serem 'questionadas', ainda são pontos-chave na verdadeira apreensão espiritual que Ele representa. Por isso me é tão confuso ver pessoas se dizendo cristãs e tendo comportamentos absolutamente já repreendidos por Deus na história do próprio Cristo. Ele era homem e Ele é Deus com o Pai, certo?!

 

O Capítulo 21 de Mateus da Bíblia, livro histórico, verdadeiro e certamente inspirado por Deus - com versões distorcidas por homens -, revela-nos um Jesus em aflição. Por ser Deus com o Pai, e sempre ter tido a consciência do que Viera fazer em Vida, Jesus já sabia o que estava por vir. Diante disso, no entanto, Ele não se furta dos Ensinamentos que precisava ainda revelar. Nota-se, no Capítulo 21 de Mateus, uma densidade incrível de lições em um curto intervalo de tempo. Mas o meu foco é no versículo 12 transcrito no início deste texto.

 

Essa falsa dicotomia entre Dinheiro e Vida já foi 'resolvida' por Jesus. E Ele, quando se viu perto de ter de enfrentar a Cruz, por amor gratuito a tod@s, não 'segurou a onda'. De todas as narrativas bíblicas, esse versículo é o que mais evidencia A IRA DE DEUS DEMARCADA EM UM COMPORTAMENTO SOCIAL DE CRISTO. Jesus foi um homem digno, social, histórico e político. Qualquer distorção comparativa que se faça a Ele é falaciosa/mentirosa.

 

Por isso, o desgosto de Deus ao ver pessoas negligenciando a vida (representada pelo Templo), em prol de coisas/pela troca por moedas ou outros produtos, despertou em Cristo esse comportamento mais alvoroçado. Será mesmo que estamos vivendo o Cristianismo na essência? Já me frustrei com meus pastores, já me frustrei com os 'políticos-cristãos', frustro-me diariamente com 'familiares e amigos cristãos', mas sempre que me achego a Cristo, encontro o Exemplo que quero seguir.

RAUL ROLAND CLÍMACO SENRA ALVES